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26 de Abril de 2024

Faz sentido o BNDES financiar investimentos em infraestrutura em outros países?

Publicado por Roberto F. de Macedo
há 8 anos

Sobre o Autor: Marcos Mendes - Doutor em economia. Consultor Legislativo do Senado. Editor de Brasil, Economia e Governo. Autor de "Por que o Brasil cresce pouco? Desigualdade, democracia e baixo crescimento no país do futuro". Ed. Elsevier.

A Empresa

Fundado em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira.

Para isso, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, na realização de seus planos de modernização, de expansão e na concretização de novos negócios, tendo sempre em vista o potencial de geração de empregos, renda e de inclusão social para o País.

Por ser uma empresa pública e não um banco comercial, o BNDES avalia a concessão do apoio com foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. Incentivar a inovação, o desenvolvimento regional e o desenvolvimento socioambiental são prioridades para a instituição.

Os instrumentos de apoio financeiro incluem o financiamento; a concessão de recursos não reembolsáveis a projetos de caráter social, cultural e tecnológico; e instrumentos de renda variável.

O BNDES oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, assim como linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano.

Em situações de crise, o Banco também tem fundamental atuação anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia. O BNDES está presente para apoiar o crescimento do País onde é necessário.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem financiado a construção de infraestrutura em outros países. São portos, rodovias, aeroportos, saneamento básico, plantas de geração de energia entre outros investimentos. Esse tipo de atuação soa estranho a qualquer pessoa que saiba que o Brasil tem precária infraestrutura e é extremamente carente de tais investimentos. Por que razão um banco público brasileiro deve financiar o investimento em outros países, quando o Brasil é tão carente desses mesmos investimentos?

Recentemente o Presidente do BNDES veio a público explicar as razões desse tipo de operação (veja aqui a apresentação em Power Point). Argumentou que se trata de um mecanismo de incentivo à “exportação de bens e serviços de alto valor”. No caso, serviços de engenharia. A ideia, portanto, é de que não se trata de ajudar Cuba a construir um porto ou financiar o metrô de Caracas. O que o BNDES estaria fazendo seria ajudar as grandes empreiteiras nacionais a vender seus serviços no exterior. Isso geraria diversos ganhos para o país.

Em primeiro lugar, as nossas empreiteiras encomendariam insumos da indústria brasileira, demandando bens e serviços de amplos segmentos da cadeia produtiva brasileira, desde a indústria mecânica, de material elétrico e siderurgia, até vestuário e serviços. Em consequência, a economia brasileira cresceria, porque a maior demanda por tais produtos levaria as indústrias a expandir a produção, contratar trabalhadores, etc.

Em segundo lugar, a atividade de exportação de serviços de engenharia induz as firmas a buscar a melhoria nas suas técnicas de produção, impulsionando os ganhos de produtividade e o aperfeiçoamento tecnológico. Mais uma vez, os financiamentos resultariam em impulso ao crescimento da economia brasileira.

Em terceiro lugar, a atividade geraria dólares e fortaleceria o balanço de pagamentos brasileiro, aumentando nossa segurança contra crises externas e ataques especulativos ao real.

Em quarto lugar, o Brasil estaria fazendo nada menos do que fazem outros países: utilizar bancos públicos para, mediante financiamento, abrir caminho para as empresas nacionais no mercado externo. Coutinho cita, em sua apresentação, como países altamente engajados nesse tipo de política: China, EUA, Alemanha, França, Índia, Japão e Reino Unido (slide no 24). Cada um deles contando com o seu próprio banco ou agência de fomento.

Argumenta, ainda, o Presidente do BNDES, que o volume de financiamentos do Banco nessa modalidade é pequeno em relação à carteira de crédito da instituição. Entre 2007 e 2013 foram liberados apenas US$ 7,8 bilhões (slide 27). Entre 2011 e 2013, a média anual ficou em torno de US$ 1,4 bilhão. Trata-se de valor muito pequeno frente aos desembolsos totais do BNDES, que atingiram US$ 82,6 bilhões em 20131: ou seja, os financiamentos a investimentos em infraestrutura no exterior não representariam nem 2% dos desembolsos do BNDES.

O que há de questionável nesses argumentos?

O primeiro problema é que o Presidente do BNDES parece ignorar um fato básico: o BNDES é um banco do governo brasileiro. E esse governo é deficitário, ou seja, tem poupança negativa. Quem tem poupança negativa não dispõe de recursos próprios para emprestar para terceiros.

Imagine o leitor uma situação em que você está no vermelho no cheque especial, e não dispõe de nenhuma reserva financeira ou bens de valor que possam ser vendidos. O seu cunhado lhe faz uma visita de cortesia e lhe pede um dinheiro emprestado. Como gosta muito do seu parente, apesar de estar sem reservas e devendo ao banco, você vai tentar arrumar algum dinheiro para ajudá-lo. A única forma de fazer isso é aumentando o seu endividamento. Ou você pedirá mais dinheiro ao seu banco, ou pedirá um adiantamento salarial, ou recorrerá a um terceiro parente.

A situação do governo é a mesma. Para colocar dinheiro na mão do BNDES, para que este empreste à Venezuela, a Cuba ou a qualquer outra instituição pública ou privada, o governo terá que arranjar dinheiro em algum lugar. Ou seja, ele terá que tomar empréstimo. Quando o governo vai ao mercado de crédito tomar esse dinheiro emprestado, ele retira do mercado dinheiro que poderia financiar investimentos no Brasil.

O banco que comprar títulos do Tesouro, a serem usados para custear os financiamentos externos do BNDES, deixará de usar esse dinheiro para financiar o investimento de uma firma brasileira, em território brasileiro. Ou, alternativamente, o dinheiro que o Tesouro Nacional toma emprestado e carreia para os financiamentos externos do BNDES poderia ser usado, alternativamente, pelo próprio Tesouro Nacional, para financiar investimentos públicos em infraestrutura no Brasil.

A escassez de poupança do governo não seria um problema se o setor privado brasileiro poupasse muito. Nesse caso, haveria poupança de sobra na economia para financiar o governo e os demais agentes privados que desejassem fazer investimentos. Mas esse não é o caso. Nossa poupança nacional agregada (pública e privada) não passa de 15% do PIB. Em um ranking de 156 países, estamos em 112o lugar. Ou seja, entre os 30% de mais baixa poupança2.

Extrair dinheiro do mercado de crédito para repassar ao BNDES diminui a poupança disponível para financiar os demais agentes da economia, e resulta em aumento da taxa de juros (o crédito fica mais caro para todos os demais candidatos a financiamento).

O raciocínio do Presidente do BNDES (e da maioria dos membros e mentores da equipe econômica do governo Dilma) é de que a escassez de poupança não é problema, e de que o importante é estimular o crescimento da demanda, para que os empresários fiquem animados e invistam mais, fazendo a economia crescer (veja, neste site, acerca dos problemas dessa lógica, o texto “Incentivar o consumo ou a poupança para estimular o crescimento econômico?”). Mas como, de fato, a poupança é uma restrição, a conclusão é simples: o dinheiro que financia a infraestrura no exterior deixa de estar disponível para financiar infraestrutura no Brasil.

Como nossa carência de infraestrutura é muito alta, o retorno para a economia brasileira da construção de mais portos, ferrovias, etc. No país possivelmente será maior que o retorno de um impulso à demanda por bens e serviços ofertados pelas indústrias da cadeia de produção de serviços de engenharia. Logo, não faz muito sentido o argumento de que devemos estimular a exportação de serviços de infraestrutura para criar demanda por bens e serviços da cadeia de produção associada aos serviços exportados. Seja porque a infraestrutura é escassa no país (e não se deve exportar o que falta internamente); seja porque os efeitos secundários sobre a demanda agregada não são o melhor caminho para se estimular o crescimento, quando comparado à opção de se expandir a infraestrutura doméstica. Ademais, o estímulo para a demanda agregada seria o mesmo, se não maior, caso o porto ou ferrovia fosse construído aqui, pois o mais baixo custo de transporte daria vantagem aos fornecedores nacionais. Quando as empreiteiras constroem obras em Cuba ou na Venezuela, os fornecedores locais tendem a ser favorecidos.

Tampouco se sustenta o argumento que a atividade de exportação de serviços de engenharia induz as firmas a buscar a melhoria nas suas técnicas de produção, impulsionando os ganhos de produtividade e o aperfeiçoamento tecnológico. Não é a atividade de exportação que estimula os ganhos de produtividade, mas a competição. O mesmo estímulo à competição pode ser dado com licitações para obras domésticas abertas a concorrentes externos. Adicionalmente, como discutiremos à frente, parte significativa das exportações de serviços de engenharia é direcionada para países com economias pouco orientadas para o mercado. Se os critérios para obtenção de contratos forem mais políticos do que econômicos, o estímulo ao aumento de produtividade reduz-se significativamente.

E o que dizer do argumento de que a exportação de serviços de infraestrutura ajuda a equilibrar o balanço de pagamentos? Certamente a expansão das exportações é bem-vinda em uma economia com um histórico de crises de balanço de pagamentos. Mas esse não necessariamente será o efeito final da política de crédito em análise. Como a concessão de crédito pelo BNDES corresponde a uma expansão fiscal (gasto de dinheiro público, financiado por endividamento), haverá um impulso à demanda agregada da economia (comemorada pelo governo), que induzirá o aumento do consumo de produtos importados, pesando negativamente no balanço de pagamentos. Não há porque esperar que o efeito final da política de crédito do BNDES sobre as contas externas seja igual ao valor dos serviços de engenharia exportados.

Quanto ao argumento de que outros países fazem o mesmo que o BNDES está fazendo, vale analisar o perfil das nações apontadas pelo Banco como principais incentivadores das vendas de suas empresas no mercado internacional (slide no 24 da apresentação do BNDES), conforme mostra a Tabela 1.

Dos sete países listados pelo BNDES como os grandes incentivadores de suas exportações, o Brasil é o único que exporta predominantemente commodities, um tipo de produto cuja venda não é dependente de financiamentos à exportação. Ademais, dos países citados, apenas dois não fazem parte do grupo de potências mundiais: China e Índia que, não por coincidência, têm taxas de poupança doméstica muito superiores à brasileira, da ordem de 49% e 29% do PIB, respectivamente. Podem, portanto, se dar ao luxo de alocar parte dessa poupança para crédito ao exterior, pois isso não pressionará o preço do crédito dentro de seus países (taxa de juros).

Tabela 1 –Apoio à exportação, exportações totais e taxa de poupança

Faz sentido o BNDES financiar investimentos em infraestrutura em outros pases

Quando olhamos o valor do apoio à exportação como proporção do valor exportado (ignorando a distorção gerada pelo grande peso das commodities nas exportações brasileiras), percebemos que o Brasil não difere muito da Alemanha, que é uma eficiente “máquina” de exportações. Se comparássemos apenas o valor dos incentivos como proporção do valor das exportações incentivadas, certamente o Brasil ultrapassaria a Alemanha. Portanto, não se pode dizer que o Brasil é acanhado na alocação de recursos públicos para o incentivo às exportações.

Quanto ao fato de que os incentivos direcionados especificamente ao financiamento de obras de infraestrutura no exterior somarem “apenas” US$ 7,8 bilhões (ou R$ 18 bilhões) nos últimos sete anos, cabe perguntar o que poderia ter sido feito, no Brasil, com esse dinheiro. Trata-se de recurso suficiente para construir uma hidrelétrica de grande porte3, que ajudaria o país a se afastar do risco de racionamento de energia. Ou, ainda, construir aproximadamente 40 km de metrô em uma grande cidade como São Paulo2, o que atenderia boa parte da demanda por transporte de qualidade nos grandes centros.

É, portanto, um volume significativo de recursos. Dizer que esse montante é pouco significativo por representar uma parcela pequena dos desembolsos do BNDES apenas revela outro problema: o BNDES empresta recursos demais (ou seja, não é o numerador que é pequeno, e sim o denominador que é grande). É de pleno conhecimento que o BNDES praticamente monopoliza o mercado de crédito de longo prazo no Brasil. Os próprios dados apresentados por Luciano Coutinho em sua apresentação (slide no 6) revelam isso. Enquanto o banco de fomento da China é responsável por 8% do estoque de crédito daquele país e o da Alemanha por 12,7%, o BNDES é o credor de nada menos que 21% do estoque de crédito do Brasil! É uma parcela muito grande do crédito nacional, financiada em grande parte por dívida pública, alocada por critérios não necessariamente de mercado.

Por fim, deve-se observar que se as operações do BNDES para financiar investimento no exterior fossem, de fato, uma simples operação de apoio à venda de serviços de engenharia no mercado externo, os países beneficiados por essas vendas seriam definidos com base em critérios de mercado. Faz-se investimento em infraestrutura em todos os lugares do mundo, e nossas “multinacionais da engenharia” deveriam estar buscando clientes em todos os continentes, chegando a qualquer mercado que representasse oportunidade de um bom negócio. Soa muito estranho que nada menos que 76% dos recursos tenham sido carreados para projetos em apenas 4 países: Angola (33%), Argentina (22%), Venezuela (14%) e Cuba (7%) (vide transparência no 27 da apresentação do BNDES). Coincidentemente são países ideologicamente identificados com o Partido dos Trabalhadores. Parece tratar-se muito mais de acordos políticos entre grupos políticos no poder, que se identificam e se apoiam mutuamente, do que operações comerciais de apoio a exportadores de serviços que, após prospectar mercados, vão ao BNDES solicitar financiamento a suas exportações de serviços._____________

1 R$ 190,4 bilhões convertidos para dólares por uma taxa de câmbio de 2,3. A fonte da informação é a apresentação em Power Point acima referida.2 Fonte: CIA Factbook3 A Usina de Santo Antônio, em construção, está com orçamento atualizado de R$ 14,7 bilhões. Ver file:///C:/Users/user/Downloads/SAESA_DF_2013_port. Pdf, p. 3.4 Tomando-se o custo de construção da linha 4 do metrô de São Paulo, conforme http://www.metro.sp.gov.br/noticias/acontecendo/governador-geraldo-alckmin-inicia-2a-fase-da-linha-4amarela.fss

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7 Comentários

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Parabéns pelo texto, muito bacana os argumentos. Mas não consigo entender um ponto. Ainda que haja diferença na taxa de juros entre o valor tomado de empréstimo pelo Tesouro (já que o país é deficitário e tem dificuldades de obter poupança própria) e aquele emprestado aos países, e isso pode gestar uma perda aos cofres públicas, em última instância estamos falando de um EMPRÉSTIMO, certo? Esse valor será ressarcido pelos países tomadores de empréstimo (Argentina, Venezuela, Angola etc.), pago com juros (ainda que como coloquei com possível perda ao Tesouro). No caso de um investimento em infraestrutura no país, quem arcará com os custos em última instância? Alguém terá que realizar o pagamento. Pode-se dizer que obteríamos os recursos mediante aumento da dívida, com venda de títulos, mas quem arcaria com os custos em última instância e faria os pagamentos a longo prazo? continuar lendo

Não vejo problema algum em investir no exterior. É sim uma praxe d países com esse status econômico, nd mais natural pra quem almeja alcançar posição d ponta na economia mundial!!... Problema da falta d infra doméstica, não pode ser invocado como óbice pra não alocar recursos na engenharia privada nacional em projetos externos. Tem d se investir aqui com mais EFICIÊNCIA d recursos, isso sim!!! Pq não se faz um estudo sobre o custo d m2 d concreto ou qq outro produto lá fora e aqui??...Td aqui é mais oneroso e d péssima qualidade!!... Ademais, o percentual investido fora é ridículo comparado com o montante do Bco. O próprio ex utilizado pelo texto demonstra q não se faria megas - obras com um valor d 8 anos d créditos lá fora. Pode parecer significativo os 40kms d metrô em SP a mais se desconsiderarmos os mais d 30 anos pra construir poucos mais d 66kms a um preço estratosférico!!!!... Portanto, a receita do bolo não é cortar investimento externos, e sim, melhor aplicar os insomáveis bilhões q por aqui se desperdiça, inclusive, com os super-faturamentos!!!! continuar lendo

Por que você defende esse tipo de política econômica ? O PT já conseguiu consumir o seu cérebro ? Claro, que ele não foi o primeiro governo a adotar esses tipo de política, mas porque esses tipo negociação seria benéfico para o Brasil ?
Parece que você não conseguir entender o que está escrito no texto acima, como esse tipo de posicionamento do BNDES não irá incentivar a economia brasileira. Na prática ele está agindo como um Robin Hood às avessas, tirando dos povo (Dinheiro público) e distribuindo aos ricos (empresas gigantescas que desejam expandir para o mercado internacional). Me diga por que você acredita que essas empresas somente irão gastar com outras empresas brasileiras e funcionários brasileiros ?
Por que ela não iria utilizar esses empréstimos contratando funcionários de outras nacionalidades (cubanos, estadunidenses, europeus, venezuelanos...) ou fazendo contratos com empresas de outros países ? Explique de forma racional qual garantia existe sobre esse financiamento do BNDES, de que modo ele irá retornar integralmente ao nosso mercado interno ? Ou, que garantia existe que os governos de outros países irão investir no nosso país como retribuição (Talvez a boa vontade deles ?), incentivando o mercado interno ? continuar lendo

Helberte Matos,
O "petê" não consumiu meu cérebro, mas seu anti petismo pode sim ter prejudicado o seu!! Se vc, como estudante d Direito, for alguém q forme suas convicções com base em dados reais, até pq vai precisar pra profissão, certamente, não falaria as bobagens q escreveu. As garantias q vc pede pro retorno econômico d BNDES e pro país em investimentos nas grandes empresas nacionais em projetos internacionais, estão nos contratos e no Regimento interno do Bco, caucada na Lei q o criou!!! Qd um Empreiteira nacional recebe aporte financeiro em projetos internacionais, ela está OBRIGADA a comprar e usar insumos de origem NACIONAL!!! A mão d obra, ídem!! Isso é até simples d vc pesquisar. Entra no site da Instituição e ler na aba verde como são condicionados os projetos internacionais. Outra, o único processo em q o governo aqui participa com o do país contratante, é o d cooperação. Td o contrato, inclusive, é chancelado por Instituições financeiras internacionais. O contratante se obriga a cumprir o pactuado, sob pena d arcar com sanções econômicas internacionais em caso d descumprimento!!!
Não deixe q seu anti-petismo destrua sua razão, como já o fez com a gramática!!! continuar lendo

Com toda essa explicação, se o outro país não pagar, entraremos em guerra, tomaremos o metrô da Argentina de volta (sem gastar nada)??? E os trabalhadores no Brasil de uma "suposta hidrelétrica" não seria mais vantajosa o dinheiro ficar aqui?? E o BNDES impõe cláusulas de que só podem comprar matéria prima brasileira??? E os países ricos não fizeram isso porque??? Temos mais dinheiro sobrando??? Tudo muito estranho quando vem do PT!!! continuar lendo

Parece que o autor do texto quer induzir que o dinheiro foi emprestado a outro país, quando na verdade o dinheiro foi disponibilizado para EMPRESAS BRASILEIRAS, inclusive com a condição de contratar mão de obra brasileira e adquirir produtos da indústria nacional. Fica claro o caráter tendencioso do texto ao apontar Venezuela e Cuba como países beneficiários, sendo que o país que mais contratou foram os Estados Unidos.
Outro ponto a ser questionado: todos os países desenvolvidos adotam práticas de fomento às suas empresas, do mesmo modo como o Brasil passou a adorar através do BNDES. Como posso entender que tão prática é nociva aos nossos interesses? Se formos verificar o resultado de tal prática, os dados mostram o quanto o Brasil avançou (e lucrou!).
Por fim, depois de derrubarem boa política de fomento, colocaram o BNDES como o grande articulador da corrupção, o que foi desmentido pela caríssima auditora feira posteriormente. Gastaram mais de 40 milhões para chegarem à conclusão de não ter havido corrupção!
O Brasil é fantástico!!!! continuar lendo