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19 de Abril de 2024

"Dilma pode ser afastada por crime comum", afirma Miguel Reale Júnior

Ex-ministro da Justiça afirma que presidente perderia o mandato por prevaricação se fosse comprovado que ela sabia do Petrolão quando presidia o Conselho de Administração da Petrobras.

Publicado por Roberto F. de Macedo
há 9 anos

"Se estivéssemos no parlamentarismo, o governo teria sido destituído"

O advogado Miguel Reale Júnior já ocupou todas as posições que um jurista pode almejar. Professor titular de Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, foi membro do Conselho Administrativo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ministro da Justiça em 2002, durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso. Quadro histórico do PSDB, próximo do ex-presidente tucano e do ex-governador de São Paulo Mário Covas (1930-2001), foi um dos principais responsáveis pelo processo de impeachment que levou à renúncia do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Filho de um dos mais influentes juristas brasileiros, Reale hoje está indignado com a situação do Brasil.

"O PSDB deve considerar a possibilidade de apoiar o Michel Temer. Ele está à frente de um partido forte e tem trânsito na oposição"

Foi aos protestos do dia 15 de março defender a renúncia de Dilma Rousseff (PT), mas é contra o impeachment, que, de acordo com ele, não possui bases jurídicas. Abaixo, o advogado fala sobre fatos marcantes da história do País nos quais esteve presente, o atual momento do Brasil e o que pode acontecer a partir dessa ebulição das ruas.

ISTOÉ - O sr. É a favor do impeachment?

Miguel Reale Júnior - O impeachment não é juridicamente viável porque os atos que poderiam justificá-lo ocorreram no mandato anterior. A pena do impeachment é a perda do cargo. Mas acabou o mandato e Dilma foi reeleita para outro. Não existe vaso comunicante. Para se pedir o impeachment, a presidente precisaria ser suspeita de algum malfeito de janeiro até agora. Eu fiz a petição de impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor. Ali havia fatos praticados por ele, o recebimento de vantagens ilícitas claras. Impeachment não é golpe, porém precisa estar enquadrado tecnicamente. Eu tenho uma responsabilidade de consciência jurídica, não posso forçar a mão.

ISTOÉ - O impeachment é também um processo político. É possível que o Congresso atropele os argumentos jurídicos para validá-lo?

Miguel Reale Júnior - Aí a Dilma entra com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal e anula tudo. O Collor entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para conseguir alguns direitos de defesa que não estavam sendo considerados no processo. E não é só a atual configuração do Supremo que invalidaria, não. Qualquer STF consideraria ilegal. O Supremo da época do Collor também concedeu mandado de segurança para alguns pontos que ele solicitou. Se existe uma violação da lei ou da Constituição, o sujeito vai ao STF e ganha.

ISTOÉ - Isso quer dizer que a presidente não poderá ser responsabilizada caso seja ligada às denúncias do Petrolão?

Miguel Reale Júnior - O que pode haver, eventualmente, é a apuração de crime comum. O procurador-geral da República disse que não há elementos, mas Dilma prevaricou se sabia do esquema quando era presidente do Conselho de Administração da Petrobras e manteve a diretoria após assumir a presidência da República. Caso seja enquadrada num crime comum, ela será processada perante o Supremo com autorização da Câmara dos Deputados. Se condenada, perderia o mandato como qualquer outro político. Resta examinar se existem elementos mostrando que ela foi omissa ou conivente ao manter a diretoria. A Constituição diz que o presidente não pode ser responsabilizado por atos estranhos às suas funções, porém atos de prevaricação – como o que ocorreu na Petrobras – não seriam estranhos à função.

ISTOÉ - Caso Dilma fosse afastada, a situação melhoraria com o vice Michel Temer?

Miguel Reale Júnior - O Michel tem habilidade e experiência como presidente da Câmara dos Deputados. Está à frente de um partido forte e conta com capacidade de trânsito na oposição. Seria o caso, para que houvesse um grande pacto nacional como ocorreu com o Itamar Franco (vice de Collor). Naquela época, eu fui procurado por um brigadeiro que comandava a zona aérea de São Paulo e manifestou a preocupação das Forças Armadas quanto à governabilidade. Eles não estavam preocupados com o impeachment do Collor, mas com o futuro. O brigadeiro queria saber se havia a possibilidade de o PSDB apoiar o Itamar. Ele me procurou porque eu estava à frente do impeachment e porque eu era próximo dos então senadores Fernando Henrique e Mário Covas. Ambos me garantiram que dariam apoio ao Itamar e eu transmiti isso ao militar. A mesma preocupação que as Forças Armadas tiveram naquele momento é a preocupação que todos nós deveríamos ter agora.

ISTOÉ - Hoje o PSDB daria apoio ao Temer?

Miguel Reale Júnior - O PSDB deve considerar a possibilidade de apoiá-lo. É um caminho que pode não interessar à oposição que queira assumir livremente o poder daqui a quatro anos. Independentemente disso, nós temos que pensar como chegaremos lá se não houver um pacto, pois já estamos em frangalhos. Também tem outro problema extremamente grave. Apesar de as passeatas do dia 15 de março terem sido tranquilas, os ânimos estão acirrados. Amigos se separam por conta de divergências políticas, familiares viram a cara uns para os outros. Esse pacto também vai por um pouco de tranquilidade na sociedade.

ISTOÉ - O sr. Foi aos protestos do dia 15 de março?

Miguel Reale Júnior - Fui, sim. Estava em Canela, no interior do Rio Grande do Sul, e participei do ato na cidade. Havia mais de duas mil pessoas. Eu sou favorável à renúncia de Dilma Rousseff pela dificuldade que ela tem de governar. A governabilidade será difícil porque no momento em que ela fala tem panelaço, quando seus ministros falam há panelaço. Por causa disso, a presidente já tem pouco espaço para manobra – e a operação Lava Jato vai trazer mais fatos, ainda vai se estender para outros setores da administração.

ISTOÉ - As manifestações juntaram pessoas favoráveis ao impeachment, à intervenção militar e aqueles que apenas reclamavam da corrupção. Como unir esses interesses?

Miguel Reale Júnior - Os que defendem os quartéis são minoritários e foram rechaçados nas ruas. É um grupo muito pequeno e inexpressivo. Já o impeachment é um processo jurídico e técnico. Se não houver enquadramento, não tem impeachment. Movimentações sem um norte se diluem. Por exemplo, nos protestos da Praça Tahrir, no Egito, a população destronou o ex-ditador Hosni Mubarak, mas não soube construir uma via. Primeiro, o fundamentalismo ganhou. Depois vieram os militares. As redes sociais são capazes de arregimentar contra, mas a rua não apresenta um denominador comum porque é composta de visões díspares. Temos que criar um caminho. Entidades como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Associação Brasileira de Imprensa devem sair dos seus nichos e participar porque esse processo representa muito do que a sociedade deseja. E os cabeças dos movimentos das ruas têm que trabalhar junto com lideranças políticas para formatar uma proposta.

ISTOÉ - É possível que políticos participem dos protestos? De Paulinho da Força (SD-SP) a Jair Bolsonaro (PP-RJ), quando eles falaram nos carros de som foram vaiados.

Miguel Reale Júnior - Isso é perigoso porque significa uma descrença generalizada da classe política. Alguém precisa exercer o poder, organizar esses anseios. Não estou falando de uma pessoa, um salvador da pátria. Mas de um grupo político que se una à sociedade para constituir a base de um pacto. Se isso não ocorrer, gera-se um processo anárquico.

ISTOÉ - A forma de governo no Brasil afasta os políticos do povo?

Miguel Reale Júnior - Se estivéssemos no parlamentarismo não haveria toda essa comoção que estamos vendo porque o governo teria sido destituído. O parlamentarismo impede que crises se avolumem e prejudiquem a vida do país. É verdade que a população também não acredita no Congresso, mas ela precisa saber que no regime parlamentarista a Câmara pode ser dissolvida.

ISTOÉ - E quanto à reforma política, o sistema eleitoral deve mudar?

Miguel Reale Júnior - O sistema proporcional com lista aberta que temos hoje é horroroso. Com ele vêm gastos de campanha elevadíssimos e ocultos. De qualquer forma, o voto distrital é melhor. Eleição em dois turnos para deputados também pode ser um caminho, melhora bastante. De qualquer modo, Constituinte exclusiva para analisar o tema (como defendeu o governo após os protestos de junho de 2013) é loucura, seria um poder paralelo ao Congresso. Também não precisa fazer plebiscito ou referendo. É pacto, o Congresso já tem poderes para realizar. No entanto, o Tancredo Neves dizia que era mais fácil fazer um boi voar do que conseguir consenso em relação ao sistema eleitoral. É muito difícil.

ISTOÉ - A principal reclamação das ruas está relacionada à corrupção. O pacote de Dilma vai resolver o problema?

Miguel Reale Júnior - A medida repete propostas antigas. E eles se esquecem que o crime de caixa dois já existe, artigo 350 do Código Eleitoral, com pena mínima de dois anos. Há diversos projetos tramitando na Câmara sobre enriquecimento ilícito. Eles não avançaram porque não foram votados pela própria base parlamentar. Vamos deixar de enganar a população brasileira.

ISTOÉ - O sr. Foi ministro da Justiça no mandato FHC. Como avalia o desempenho de José Eduardo Cardozo no cargo?

Miguel Reale Júnior - José Eduardo Cardozo tem assumido muito mais um papel de advogado do que de ministro da Justiça, com a distância que deve ter um ministro da Justiça de fatos que estão sendo manifestados. Ele sai em defesa do seu partido, em defesa da presidente. O discurso dele é um discurso repetitivo, cheio de chavões. É o rei do lugar comum.

Fonte: ISTOÉ.

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262 Comentários

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Texto tendencioso e para os mal informados, incitar intervenção militar também constitui crime. continuar lendo

Maior crime moral é defender a desonestidade.
Penso que,os que defendem essa corja é pior ainda.
Bandidos !!!! continuar lendo

Intervenção Militar JÁ !!!!!
Crime é defender esses corruptos!!!! continuar lendo

Onde está a incitação? continuar lendo

Jefferson Nascimento, concordo com você ... o grande problema do pais sempre esteve na burguesia mesquinha e iludida pela Rede Globo.
Imagine só, um jurista "renomado" ao lado de lideranças politicas do PSBD, incitando a intervenção militar e o pior, essa turma loucos concordando!!!! faça-me o favor!!!! Por isso os escândalos da privataria tucana nunca foram investigados e muito menos escancarados por essa mídia inescrupulosa. continuar lendo

O professor Mario Sérgio Cortella define as atitudes de direita como sendo demofóbicas, isto é, nojo do povo. É nesse tipo de atitude que se encontram
aqueles que numa defesa hipócrita da moral e da ética, justificam o atentando a democracia. Via de regra estão muito pouco preocupados com a corrupção que impregna não só os políticos mas a sociedade. continuar lendo

Faltou escrever no Currículo do Jurista que a família já tem uma tradição de subserviência a atos despóticos, pois o seu pai, também citado como grande jurista foi quem escreveu o AI 1 e ideólogo da Ação Integralista Brasileira.
Ou seja, a laranja não cai longe do pé. continuar lendo

Vivemos nas Era das Hienas. As ienas são aqueles bichinhos feios que ficam rodeando os leões para pegar os restos das caças ou mesmo roubar as caças dos leões (e ainda ficam felizes com os restos). As pessoas sustentam o PT e a Dilma no poder fazem exatamente esse papel. E para piorar levam o país junto para o abismo. Mas eles não se importam, o importante é pegar um pedacinho das sobras, dos restos.. continuar lendo

Li e reli várias vezes e não consegui encontrar no texto a parte que incita a Intervenção Militar... estranho não?!

Também não me surpreende mais uma vez aparecerem aqueles que citam a Rede Globo como mídia manipuladora numa vã tentativa de abafar a verdade. Fico questionando... será a Globo quem desviou os bilhões de reais da Petrobrás? Será a Globo a responsável pelas medidas econômicas inequívocas que hoje colocam o combustível brasileiro entre os mais caros do mundo? Será que foi ela a idealizadora do mensalão?
E será a Globo quem ordenou ao governo que deixasse de pagar todos os seus programas educacionais como FIES, Pronatec e outros além de incitar que também fosse dado o calote na Caixa Econômica Federal nos repasses dos subsídios do programa Minha Casa Minha Dívida?
Tudo muito estranho e misterioso...
Como são poderosos estes empresários da Globo! Uau! Eles mandam no país!

Ainda bem que os mesmos pontos não são levantados em relação a Record que apresenta as mesmas notícias com outras palavras e que de posse do perdão e anistia de dividas fiscais à época da eleição pode patrioticamente defender o voto a Sra Dilma.

Por favor meus caros, de hipocrisia já chega a dos políticos!!! continuar lendo

Jefferson e Robson, NESSE texto onde está a incitação à intervenção militar que não consegui encontrar?
Miguel Reali diz : "os que defendem o quartél são minoritários e foram rechaçados nas ruas, é um grupo muito pequeno e inexpressivo"
não consegui visualizar onde o jurista pede intervenção mililitar, creio que AMBOS se equivocaram. continuar lendo

Excelente Jefferson, tambem me arece que o advogado que respondeu o questionário está vivendo num mundo a parte, nãoestá atualizado, na verdade a mim parece-me que ele não sabe de nada, o que fez no passado tambem não tem importância agora pois a realidade é totalmente outra. continuar lendo

Creio que o Jefferson se refere aos comentários que incitam intervenção militar, logo que afirma que o texto é tendencioso E, para os mal informados, incitar intervenção militar também constitui crime.

Diferente de "o texto é tendencioso e incita a intervenção militar..."

Ah, e para os mal informados, percam tempo lendo a Lei das Forças Armadas:

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11296075/lcn97-de-09-de-junho-de-1999

Não existe "intervenção militar constitucional", as forças armadas não podem ser empregadas contra a Presidência da República, isso se chama GOLPE DE ESTADO. continuar lendo

E vc entendeu que o texto acima incita a intervenção militar? Deve ser por isso que vc indiretamente defende o atual governo. continuar lendo

Disse tudo jefferson. Tendencioso e vindo de mau caráter já que trabalhou nos Governos do PSDB e teve a oportunidade de ser o diferencial como jurista e denunciar as corrupções daqueles governos. continuar lendo

e onde o vocês viram o Jefferson dizer que o texto incita intervenção militar? continuar lendo

Bem isso mesmo... continuar lendo

Incitar uma intervenção militar deixa de ser crime quando os majoritários do país são os próprios criminosos, ladrões, falsificadores, incitadores da violência, e outras coisas mais. Eu também apoio o texto acima e não só apoio como acho que lula, dilma, foster, dirceu, genoíno e outros ladrões mais deveriam é cumprir 50 anos de cadeia, ou para não termos que pagar mais estas despesas deveríamos mandá-los para a Indonésia. Entendeu? continuar lendo

Aponte onde você leu apoio a intervenção militar? Você nem leu o texto. continuar lendo

E que tal essa noticia?
"Conselheiros da Petrobrás querem aumento de 13%" ?
Parece que nem se preocupam com o fato da descoberta da roubalheira na empresa em que são conselheiros? Só querem saber de aumentar suas rendas?
Caras-de-pau, é o que são !! continuar lendo

Posso não ter sido claro em relação a intervenção militar, realmente o texto não a incita, apenas tentei esclarecer para os que acham que uma intervenção deste tipo é uma solução, que isto constitui um crime também. Já que os manifestantes são tão críticos em relação à Dilma, o PT e escambau, então acho um contrassenso combater um "crime" (até que se prove o contrário não houve) com outro. continuar lendo

Nunca li tanta besteira em minha vida. continuar lendo

Concordo. O texto, de fato, expressa tendência psdebista em alguns pontos. Evidentemente, isto se deve à ligação do Dr. Miguel Reale ao PSDB, uma vez tendo sido ministro da justiça no governo FHC. Por outro lado, o colega equivocou-se ao dizer que houve incitação à intervenção militar. Ao contrário, eis o que foi dito no texto: "Os que defendem os quartéis são minoritários e foram rechaçados nas ruas. É um grupo muito pequeno e inexpressivo". (...). É importante que tenhamos uma visão crítica acerca de quaisquer opiniões, seja de quem for. Mas na mesma proporção é indispensável que nos posicionemos com responsabilidade. Abço! continuar lendo

Tá bom, bem informado, isso não é um texto, é uma entrevista, e pra mim toda informação é para os mal informados, que depois dela, ficam informados e poderão tirar suas conclusões. Sinceramente eu não vi incitação nenhuma, pelo contrário. PTistas cegos como sempre viajando na maionese. continuar lendo

é muito triste ver que num País que está perdido na Corrupção, juristas Renomados ficam preocupados em uma forma de dar Golpe no Governo. Quando deveriam estar preocupados com a Corrupção que está embaixo dos seus Narizes. Se tivéssemos mais preocupação com o povo e menos Partidários, teríamos um País muito melhor de se viver. Derrubamos o Collor ! Acabou a Corrupção no Brasil? continuar lendo

Não, não acabou a corrupção no Brasil, pois infelizmente, nós brasileiros, inocentemente acreditamos que quem viria depois não repetiria os feitos de quem saiu. Mas, parece que o poder tem feito muita gente boa se perder pelo caminho. Acho que estamos numa "sinuca de bico". Talvez devêssemos nos preparar para dias difíceis. Eu não acredito em políticos, não confio nos militares, e não conheço ninguém pelo qual eu possa por minha mão no fogo caso chegasse a comandar este país. Enfim, vou me recolher em meio aos meus pensamentos e preces, pois no momento só por Deus para sairmos desta sem ferimentos. continuar lendo

Excelente Dilson, e acha possivel que o jurista tenha se manifestado por convite sem pagamento? continuar lendo

triste e vergonhoso continuar lendo

Muito bom seu comentário. Você falou tudo!! A maioria dos brasileiros que foram às ruas dia 15 foram só para "passear". E aquelas mulheres com os peitos de fora, simplesmente queriam a chance de ficarem famosas. continuar lendo

Por que se fala em Intervenção Militar?
Depois de debochar das manifestações de 15 de março, Marcelo Heitor, sobrinho do Zeca do PT, deveria aceitar o convite de uma conterrânea: Vem pra rua!!!
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=560066910802199&set=a.198211990321028.52310.100003966845956&type=1&theater continuar lendo

bem lembrado Dilson, o Collor foi de ralo, porque agora dizem que a Dilma não pode ir?

essa corja de bandido organizados têm que chegar ao fim... continuar lendo

Diria mais, embaixo das próprias togas. continuar lendo

O conteúdo da entrevista do ilustre jurista Miguel Reale me leva à conclusão no sentido de que somente uma pronta intervenção militar (v. art. 142 da Constituição Federal e que não deve ser confundida com ditadura militar) poderia solucionar a grave crise em que o Brasil se encontra, com a velocidade necessária, pois não há condição de se aguardar pelo resultado definitivo de uma ação penal, por crime comum, com vistas a perda do cargo que depende da fixação de pena em dosagem suficiente para isso, sem falar na prática adotada pelo Congresso Nacional de decidir acima do Poder Judiciário a respeito de execução da pena acessória de perda de cargo (prática essa indevida, por ser flagrantemente inconstitucional, mas que tem sido, mesmo assim, aplicada pelo Poder Parlamentar onde a Presidenta possui maioria apoiando-a). A demora de mais um ou dois anos já seria suficiente para o governo corrupto terminar de desmontar o país e levá-lo à falência. Quem está sendo assaltado necessita de imediata intervenção da polícia armada para socorrê-lo e o Brasil está sendo (literalmente) assaltado por malfeitores que já iniciaram a execução de um golpe de esquerda, com vistas à sua perpetuação no poder, com mudança da ordem político-social para implantação do socialismo bolivariano voltado ao narcotráfico internacional. continuar lendo

Que Deus ilumine a mente daqueles que podem fazer algo por nós e tenha misericórdia do povo brasileiro que está sendo levado a falência... continuar lendo

Claro que ela já deveria ter renunciado na hora que foi vaiada na copa. Mas ela não fará isso como já não fez (nem vai largar esse osso pois tem o rabo preso ao Lula lá). Então uma intervenção é, infelizmente, a única saída mesmo. Por dois anos durante o qual seria dissolvido o congresso e julgados e punidos os ladrões da pátria. E só então podem ser convocadas novas eleições, sem reeleições, sem salários absurdos a congressistas (que tal imitar países como Suécia?) e com o fim do político profissional. continuar lendo

Hoje em dia, quem quer que defenda qualquer político ou corrente é um inocente! Agora, quanto à intervenção... "Dê dinheiro mas não dê poder" já dizia o ditado. Milicos não vieram do céu ou do espaço sideral! Não se iludam, bando de inocentes! Dê o poder a essa gente e verão se eles vão querer largá-lo! A última experiência durou 20 anos. E seus filhos serão chamados de subversivos só porque andam de cabelo grande na rua ou tatuados! Aí será tarde demais... continuar lendo

Taí que eu gostei do comentário "intervenção militar não deve ser confundida com ditadura militar" continuar lendo

Com a devida vênia colega: não há nada que nos leve a crer que a situação atual reclame uma intervenção militar, tampouco que os militares resolveriam a crise política e econômica do país. continuar lendo

O maior problema na distinção clara do que significam "ditadura" e "intervenção militar" reside no fato de que, após conquistado o poder, talvez os militares não aceitem entregá-lo em um prazo tão curto quanto o de dois anos. Aliás, quem já não viu esse filme? Quem não viu estudou o fenômeno à exaustão, desde que educado por instituições educacionais sérias e comprometidas com o justo desenvolvimento social.
Talvez seja simplificar demais um problema de proporções gigantescas para tentar empacotá-lo em um mandato de quatro anos. É esperar pra ver. continuar lendo

Vocês já leram o dito artigo 142 da Constituição ou só repetem o que viram na Internet? continuar lendo

Seria hilário, se não fosse trágico, num site denominado JusBrasil, ou seja um site voltado a discussões jurídicas, pessoas pedindo não uma ditadura militar, mas uma ditadurinha militar que os próprios diriam quando sairiam fora, da última vez demoraram 21 anos e deixaram o país falido! continuar lendo

Dimas Carneiro, Falou tudo, se esperarmos o rouba vai ser maior. Os milicos tem poder para agir mais rápido e eficientemente. O Miguel Reale é um jurista e lógico que deveria interpretar a lei e esperar o cumprimento da lei e a CF, mas no momento de exceção , somente o mais forte para acalmar as bases e salvar o mais fraco que é a sociedade, das mãos dessa corja corrupta, mas sem esquecer de recuperar tudo que roubaram e colocar os culpados na cadeia, isso seria uma grande resposta à sociedade. continuar lendo

Não confunda república bolivariana com Brasil. A maioria de Dilma no Congresso diminuiu neste segundo mandato. Além disso, o racha do PMDB diminuiu mais ainda esse apoio à situação. Ademais, o quorum qualificado para alterar a constituição no regime democrático vigente não será alcançado se o intento da situação for o de promover 'golpe'. Não há espaço nem clima para isso, diferentemente de 1964, E militares são apenas brasileiros fardados: ou seja, os bons militares continuarão bons se permanecerem nos quartéis agindo como bons militares, protegendo o país na iminência de ameaça estrangeira; e os maus militares serão aproveitadores e oportunistas como a maioria dos políticos encastelados atualmente no Congresso. E continuarão a pilhagem da nação, com o apoio de fuzil e canhão, num país de regime totalitário, onde a lei passará a ser tão somente a vontade do grupo governante e de seus puxa-sacos inevitáveis. A história do país e do mundo guarda preciosas lições. Basta conhecê-la e interpretá-la. Força armada é para defender o povo e não para atacá-lo. No poder, os militares atacam o povo. continuar lendo

Meu conselho é: volte a estudar História urgentemente (dessa vez com mais afinco). continuar lendo

Os jornais amanheceram cheios de xingamentos de petistas contra Joaquim Levy, a super bóia de Dilma na economia. A começar por Aloísio Mercadante, da Casa Civil, encarregado oficialmente de "transmitir profunda insatisfação com declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que ela nem sempre age da forma mais eficaz." Já o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), declarou que “não é recomendado a um subordinado esse grau de liberdade”. “Espera-se dele um discurso mais uníssono ao da presidente.” E por ai foi...
Hoje à tarde, em Capanema (PA), Dilma amarelou e capitulou. Não governa mais. Quem governa é Levy e Cunha. Sem poder mexer na sua bóia, afirmou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi mal interpretado . "Não tenho o que falar sobre Levy. O que o Levy falou está dentro de um contexto. Se você pegar fora do contexto, vai entender distorcido" , afirmou a presidente. "Eu li e também tenho discernimento. Eu tenho clareza que ele foi mal interpretado. Tenho clareza disso", enfatizou Dilma. Ao que tudo indica os petistas não entendem mais a Dilma...
O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, rebateu Levy nesta segunda-feira, depois da "amarelada" de Dilma, dizendo que "este não é o momento de fazer grandes discursos sobre concepções filosóficas. É hora de trabalhar."Em palestra no Uruguai, o"dentes podres"afirmou, ainda:"Todos os ministros têm que se ater às diretrizes deste governo. Qualquer comentário de ordem ideológica não ajuda muito". continuar lendo

Não existe, no art. 142, da Constituição Federal, qualquer referência À intervenção militar. Este dispositivo trata das Forças Armadas, direitos e deveres, proibições etc. Possui três parágrafos, sendo que o § 3º possui nove incisos, (o inciso IX foi revogado pela EC 41/2003), e em momento alguém coloca a possibilidade de intervenção militar. Vamos ser mais sérios em nossos comentários, por favor!
Segue o texto do artigo abaixo, para quem quiser se informar melhor:
- Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

§ 1º - Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.

§ 2º - Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.

§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art 3737, inciso XVI, alínea c, será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)

III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art37 37, inciso XVI, alínea c, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)

IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

VIII - aplica-se aos militares o disposto n7ºart. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e n37art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, n37art. 37, inciso XVI, alínea c; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)

IX - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003)

X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) continuar lendo

Não há qualquer possibilidade de intervenção no Poder constituído com base no art. 142, da Constituição da República, pois nenhuma norma constitucional pode estar em desacordo com suas cláusulas pétreas. O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO está garantido nas cláusulas pétreas da Constituição, modificáveis apenas por Poder Constituinte Originário. Causa espécie aventar tal hipótese, depois de tanto tempo para consolidar a democracia nesse país. Corrupção não se extirpa do dia para a noite. Temos que fazer nosso exame de consciência e reconhecer que nossa cultura é corrupta. Somente com educação, que começa dentro de casa e priorizando as crianças podemos minimizar os efeitos catastróficos de nossa cultura corrupta, que gera o Estado Voraz e argentário e a mentalidade de um empresariado hipócrita, que tenta fazer crer que a culpa é do pai, único responsável pela corrupção. NÓS SOMOS CORRUPTOS E PRECISAMOS DEIXAR DE SÊ-LO. A partir desse reconhecimento, teremos capacidade de iniciar um caminho mais próspero para o Brasil. Acredito na Liberdade e na construção do Estado Democrático de Direito, que, com todos os defeitos, temos que trabalhar, dia a dia, para construir a liberdade democrática. continuar lendo

Você realmente pensa que a Constituição Federal de 1988, criada e promulgada logo após uma ditadura militar de 21 anos, daria poderes para as Forças Armadas intervirem novamente? Não faz o menor sentido. As Forças Armadas só podem ser utilizadas para defender a Constituição pelo próprio Presidente da República, para a proteção de cláusulas pétreas, como soberania e sistema de governo. Não fala nada que poderiam destronar um presidente, pois há outros instrumentos jurídicos para isso,e intervenção não passa nisso. Por favor, vão estudar, esse papinho de intervenção militar "constitucional" já deu. continuar lendo

OK, intervenção militar seria mesmo um motim contra a presidenta. E daí? É ela e seu bando de admiradores do Lula que estão pedindo com suas atitudes. Quem disse que D. Pedro ao declarar a independência do Brasil seguiu alguma lei ou obediência à coroa de a Portugal? Leis são dinâmicas e podem ser alteradas. Se ficarmos engessados, iremos todos naufragar por falta de braços para nadar e sair da crise. A revolução francesa foi inconstitucional, a revolução cubana, idem. A deposição de líderes está na história. Estudem história. Em 1964 também houve uma deposição (inconstitucional é lógico) do Sr. João Goulart pelo Gen. Castello Branco, que morreu pobre por não se deixar corromper, mas nos livrou do comunismo. continuar lendo

É, meu caro, reveja a sua "Constituição, porque, na vigente em nosso país, não há fundamentos para que haja esta pretensa e equivocada reivindicação, ainda mais por clamor de uma pequena parcela de tucanos com"dor de cotovelos". continuar lendo

Caro Doutor Marcos Aurélio.
Com o máximo respeito à sua opinião, peço licença para expressar, muito resumidamente, minha interpretação do dispositivo constitucional questionado, frente à situação nacional atual.
Em situação de normalidade, as Forças Armadas são instituições destinadas à defesa externa e permanecem à disposição e obedientes ao Presidente da República, em princípio, seu comandante supremo. É o que estabelece a Constituição Federal, em seu art. 142 o qual, entretanto, ressalva que as Forças Armadas são responsáveis pela ordem democrática, cabendo-lhe, para restabelece-la, intervir, mediante convocação por qualquer um dos três poderes constituídos: Executivo, Legislativo ou Judiciário.

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se da à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (destacamos)

Isto significa que o legislador constituinte previu a possibilidade da ordem democrática vir a ser turbada, não somente por agressão externa, mas também por qualquer, ou quaisquer dos próprios poderes da República, ou mesmo pelos três. Ora! Se a ordem democrática estiver senso ameaçada e nenhum dos poderes republicanos estiver em condições de invocar, para restabelece-la, as Forças Armadas sob cujas costas pesa a obrigação de manter a ordem nacional, a intervenção, não somente pode, como deve ocorrer, por autodeterminação militar. Há portanto duas situações previstas na Constituição Federal: a normal e a excepcional. Outrossim, o compromisso constitucional do militar é com a PÁTRIA, não com os objetivos pessoais dos governantes, máxime quando esses objetivos pessoais contrariam interesse essencial do estado.
No Brasil de hoje vivemos uma situação excepcional em que o Executivo empreendeu um golpe de estado, para mudar a ordem nacional democrática, com vistas à sua conversão em republiqueta socialista bolivariana, um dos sistemas mais vis de governo e para o que vem sendo desviada enorme quantidade de dinheiro público destinado, principalmente a financiar grupos estrangeiros de guerrilha; provenientes de outras republiquetas desse tipo, principalmente a Venezuela, republiqueta essa voltada para o narcotráfico, simpatizante do terrorismo internacional e escravagista do próprio povo. Esse plano sinistro teve a sua execução iniciada, desde o primeiro mandato do ex-Presidente Lula, prosseguiu evoluindo no primeiro mandato da Presidenta e prossegue, em estágio bastante avançado, neste segundo mandato presidencial. O “modus operandi” desse golpe esquerdista é o assistencialismo demagógico à massa popular pouco esclarecida a qual é mantida nesse estado de alienação letárgica, através de processo de idiotização coletiva e distribuição indiscriminada de esmola oficial em forma de bolsa-família, bolsa-drogado, bolsa-presidiário, bolsa prostituição etc., com o escopo de ganhar a simpatia desse grande segmento da população e assim garantir vitória eleitoral que pode perpetuar essa politicalha no poder o qual, então, passaria a ser exercido de forma semelhante a uma monarquia absolutista medieval onde todo o poder do estado é concentrado no chefe do Executivo, reduzidas as demais instituições a meros servientes do governante cuja vontade passa a ser a única lei. A degradação cultural do país golpeado é outra providência essencial à implantação do socialismo o qual ataca quem progrediu trabalhando honestamente e produzindo para o bem de todos, chamando essas pessoas, simplesmente de burgueses exploradores do povo, empreende lavagem cerebral popular, com vistas a convencer o povo a aderir à doutrina socialista apresentada como o grande ideal da humanidade, mas na qual, na prática, a frase positivista da bandeira brasileira passaria a ser assim interpretada: ORDENS para o povo e PROGRESSO para os governantes. Em todos os lugares onde foi implantado, o socialismo sempre semeou pobreza popular e enriqueceu os tiranos do poder. Pois bem, é para um estado desses que o Brasil caminha, economicamente enfraquecido pela rapinação governamental generalizada, ou seja, quem foi eleito para governar o país conforme a sua tradição de estado democrático (juramento formal de posse do cargo de comando) está mesmo é debilitando a economia nacional e abolindo a democracia, para troca-la por uma ditadura esquerdista que somente malefícios sociais pode produzir e, para isso o Poder Legislativo já foi corrompido e o Poder Judiciário, não lhe bastasse ter as mãos amarradas por um ordenamento jurídico que o impede de manter efetivamente presos os corruptos definitivamente condenados, é alvo de um plano sombrio de degradação ideológica, valendo-se a Presidência da República da sua atribuição de indicar, ao seu livre critério, as pessoas que ocuparão os cargos de Ministros do Supremo Tribunal Federal para o que a Constituição Federal exige apenas que sejam pessoas maiores de 35 anos, de “notável saber jurídico” (não exige, nem mesmo que sejam bacharéis em Direito e o “saber jurídico” é requisito avaliável segundo o entendimento presidencial e do Senado onde a Presidenta conta com a maioria dos seus membros a seu favor, prontos para apoia-la nos seus mais absurdos desmandos. Dessa forma, a democracia brasileira está sendo desmontada, a céu aberto, para dar lugar a um sistema de governo em que os três poderes republicanos serão: o Executivo, o Executivo e o Executivo.
O impeachmant, procedimento, bradado por consideráveis multidões, é tecnicamente inviável, porque se destina à perda do cargo e não foi pleiteado ao tempo em que se desenvolvia o primeiro mandato da Presidenta, período esse em que ocorreram os fatos nos quais se baseia o clamor popular (não há como revogar mandato já vencido) e, pelo que se sabe, até agora não praticou ela, em seu novo mandato, nenhum ato que, ao menos desse continuidade aos ilícitos constatados durante o mandato anterior e, além disso, a Chefe de Estado possui em seu favor a maioria dos membros do Congresso Nacional, aos quais caberia votar, para acolher ou rejeitar o pleito de impedimento presidencial e mais, a péssima qualidade política não é defeito de somente um partido, mas é mal multipartidário e, assim se correria o risco de ser substituído o ruim por outro ruim, o que acabaria deixando tudo como se encontra, ou seja, todo o esforço daria um giro de 360 graus.
Obviamente o país não aguentará aguardar por novas eleições que ocorreriam, somente daqui a quatro anos, para o retorno à normalidade político-social, pois antes disso já terá sido consolidado o golpe de estado empreendido pelo atual Governo e, além do mais, o pagamento de esmolas oficiais tornaram os atuais governantes e seus aliados eleitoralmente invencíveis, sem falar na apuração eleitoral procedida por poucas pessoas, sem a devida transparência da qual deveria emanar pública garantia de regularidade.
É incontestável que a Pátria foi traída e a ordem democrática está seriamente ameaçada, situação essa de evidente anormalidade que precisa ser prontamente combatida, para o restabelecimento da democracia. O Brasil está sendo vítima de um golpe esquerdista de estado e, por isso, cabe às Forças Armadas dar cumprimento à sua obrigação de intervir, para restaurar a ordem democrática, salvando o país do tacanho destino que lhe traçaram
os traidores. Sabe-se que há militares indignados com essa situação excepcional e que há outros, porém, acomodados e inertes, preocupados somente com suas respectivas carreiras, mas é bom que se lembrem de que os esquerdistas, quando golpeiam um país, além de matar os seus opositores, costumam matar também os oficiais militares, como forma de se assegurarem no poder.

Há, entretanto muita gente honesta neste país (vejam o número de pessoas que foram, espontaneamente, às ruas, para proclamar um “basta à corrupção”, contudo são pessoas que sabem o que querem, mas não como obter o que desejam e os seus gritos enérgicos de nada servirão, se não forem acompanhados de uma medida que efetivamente retire do poder essa quadrilha multipartidária que usurpa o poder que deve emergir do povo e somente em nome e interesse deste ser exercido.
O que o Brasil necessita não é do equivalente ao reinício de uma partida de xadrez, com os mesmos jogadores e as mesmas peças, em rodízio, mas sim de limpeza do tabuleiro, substituição dos jogadores por outros melhores, proibição de reutilização das peças ruins e abertura de oportunidade para que outras peças de melhor qualidade possam advir ao jogo, sem perigo de se misturarem às peças viciadas banidas da competição. A limpeza do meio político nacional somente pode ser feita pelas Forças Armadas, através de INTERVENÇÃO militar, conforme previsto no art. 142 da Constituição Federal, atitude essa que, repito, não pode ser confundida com DITADURA militar, inclusive porque, insisto, foi a ESQUERDA que empreendeu um golpe de estado, para tentar se perpetuar ditatorialmente no poder e, assim, a providência militar que se deseja (e que é a única que os militares atuais aceitam tomar) poderia, no máximo, ser equiparada a um CONTRAGOLPE, se assim preferirem rotular, para recolocar o país no regime democrático e, rapidamente convocar novas eleições gerais, com vistas ao saneamento do ambiente político, de forma a permitir que pessoas de bem que, hoje não querem ingressar na política contaminada com péssimos elementos, possam, ao ver o meio político higienizado, se interessar por administrar o país. Na prática seria o seguinte: tirar o poder dos corruptos, fechando o Congresso Nacional e convocando eleições gerais para, dali cerca de, no máximo, um ano e designando para exercer, interinamente, a Presidência da República um civil de idoneidade e prestígio incontestáveis (tipo Joaquim Barbosa), permitindo-se a candidatura, somente de quem tiver ficha realmente limpa.
Os militares de hoje não amam o poder, mas sim a Pátria, pois, se quisessem tomar o poder para si próprios, já o teriam feito, há muito tempo, bastando que nos lembremos de que o Governo de 1964 foi derrubado, por muito menos e, por isso, não se há falar em retorno de ditadura militar, mas em intervenção constitucional militar que é o único meio de salvar a nação do bizarro destino que lhe traçaram os governantes atuais. O mal que aflige o povo brasileiro não é um caso de política, mas sim de POLÍCIA. Estamos sendo assaltados e necessitamos de um defensor estatal armado para nos socorrer.
Outrossim, a minha proposta não é substituir a vencedora pelo vencido, mas sim o saneamento da política, afastando-se essa quadrilha multipartidária, para permitir que pessoas melhores se animem a se tornarem os novos políticos dentre os quais poderemos escolher os melhores para nos governar, como todos desejamos.
Um abraço! continuar lendo

Para refletir, como dizia o autor do texto abaixo:

Os militares estão receosos de que o povo os chame novamente, como aconteceu em 64. A surra impiedosa e sistemática de difamações, calúnias e injúrias que lhes foi dada desde 85, sem que ninguém minimamente os defendesse, os tornaram tímidos e envergonhados. Agora, talvez estejam pensando conforme pronuncia o velho provérbio português: "Quem pariu Mateus que o embale".

Militar é incompetente demais!!! Militares, nunca mais!
Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério, honesto e progressista.
Cresce o grupo que não quer mais ver militares no poder, pelas razões abaixo.
Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças:

I
Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista.

II
Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora.
Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.

III
Criaram esse maldito do Pró-álcool, com o medo infundado de que o petróleo iria acabar um dia.
Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.

IV
Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial. Além do mais, com sua incompetência, tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa para o famoso "estou desempregado".

v
Em 1971, ainda no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo.
Uma desgraça completa.

VI
Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos.
Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderam completamente a graça.

VII
Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá, Itaipu),o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos.

VIII
O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

IX
Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.

X
Esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade de cubanos, russos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.

XI
Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.

XII
Os militares são muito estressados. Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

XIIl
Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

XIV
Os de hoje é que são bons e honestos. Cadê os Impostos de hoje, isto eles não fizeram! Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra seus patrões.

XV
Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.

XVI
Outras desgraças criadas pelos militares:
Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M.
Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM.

XVII
Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo. Pensa!!
Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram!!!!
Graças a Deus!
Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!
Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:
"Militar no poder, nunca mais!!!", exceto os domesticados.

XVIII
Ainda bem que hoje estão assumindo o poder pessoas compromissadas com os interesses do Povo.

XIX
Militares jamais!
Os políticos de hoje pensam apenas em ajudar as pessoas e foram injustamente prejudicadas quando enfrentavam os militares com armas às escondidas com bandeiras de socialismo.
Os países socialistas são exemplos a todos, vejam: Cuba, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Argentina, e outros.

XX
ALÉM DISSO, NENHUM DESSES MILITARES CONSEGUIU FICAR RICO.

ÊTA INCOMPETÊNCIA! ! !

Millôr Fernandes continuar lendo

Começa errando no Básico, este texto NÃO É DE MILLÔR FERNANDES, é de Anselmo Cordeiro. continuar lendo

Pode ter errado o autor mas o que vale é o comentado! Parabéns Pedro Paulo! continuar lendo

Parabéns pela transcrição do texto, e digo mais; se os militares voltassem quem sumiria seriam Fernandinho beira-mar, Marcola e outros. continuar lendo

Muito boa a sua observação! Parece que o país nessa época andou pra trás mesmo! rsrsrs continuar lendo

Outras coisas boas que ocorreram nos regimes militares: concentração absurda de renda nas mãos de poucos; êxodo rural; favelização das grandes cidades; aumento exponencial da miséria; grileiros se tornando milionários às custas do despejo e exploração de trabalhadores rurais e assassinato de indígenas; destruição da floresta amazônica; falta de investimento em transporte público em favor do automobilismo; abandono das ferrovias; inchaço do Estado com empresas públicas mastodônticas e ineficientes (tanto que houveram as privatizações); valorização do ensino particular em desfavor do ensino público; e muitas, muitas outras coisas.

A diferença é que os militares não ficaram tempo suficiente para colher os frutos do seu trabalho, que sobrou para os governos democráticos. continuar lendo

Parabéns meu Caro Pedro Paulo Bunn.
Brilhante o seu texto, oportunamente colocado continuar lendo